Sessão de Relato de Caso


Código

RC084

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Quarteirão da Saúde de Diadema

Autores

  • JACQUELINE STANISZEWSKI LADEIA (Interesse Comercial: NÃO)
  • PHOLLYANA KARLA GRISENDI (Interesse Comercial: NÃO)
  • Ana Laura de Araujo Moura (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PARESIA DE NERVO TROCLEAR E HIPERTENSAO INTRACRANIANA ASSOCIADAS A COVID 19: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar paresia de nervo troclear e hipertensão intracraniana secundários à infecção por COVID 19

Relato do Caso

Paciente de 30 anos, masculino, previamente hígido, natural e procedente de Diadema comparece ao serviço de oftalmologia devido à queixa de visão dupla vertical, com piora ao inclinar a cabeça para a direita, turvação visual bilateral e cefaléia holocraniana de forte intensidade e contínua, após ter sido diagnosticado com COVID 19 há cerca de 2 meses. Ao exame oftalmológico apresentava acuidade visual sem correção 20/20 em ambos os olhos (AO), cover simples e alternado demonstrava ortotropia em posição primária do olhar (PPO). Às versões apresentava hipofunção de obliquo superior direito supra e infra hipertropia à direita, levoversão hipertropia direita (HTD) 4^, levosupra HTD 6^, dextroinfra HTD 4^ e levoinfra HTD 4^, além de Sinal de Bielshowsky positivo à direita. Amplitude fusional vertical longe e perto de 2^, sempre fundindo na medida objetiva. Percepção cromática normal, presença de defeito pupilar aferente em olho esquerdo (OE). Ao exame de mapeamento de retina apresentava edema de disco 360 graus e exsudatos duros perimaculares AO. Campimetria visual com aumento da mancha cega em OE. Foi iniciado tratamento com varfarina sódia (5mg/dia) e acetazolamida 1g/dia com melhora do quadro. O paciente evoluiu com melhora total da paresia de nervo troclear, regressão do papiledema e normalização da mancha cega.

Conclusão

A infecção pelo SARS-CoV2 pode estar associada à disfunção de coagulação, predispondo indivíduos infectados a doenças tromboembólicas. Embora ainda não tenha sido estabelecido como o vírus ganha acesso ao tecido neurológico, vários mecanismos têm sido propostos. Análogo ao caso, além da presença de trombose venosa cerebral, ressaltamos a possível lesão direta do nervo troclear pelo vírus, uma vez que anatomicamente não seria o par craniano mais associado a hipertensão intracraniana. Dessa forma, no cenário da pandemia, quando da ocorrência de neuropatias cranianas, deve-se levar em consideração a infecção por SARS-CoV2.

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Transporte Terrestre

Transporte Terrestre

Agência de Viagens

Agência de Viagens

Mídia de Apoio

Agência de Viagens

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

Patrocinador Diamante

Genom

Patrocinador Prata

Alcon
Essilor
Johnson & Johnson
Latinofarma

Patrocinador Bronze

Adapt
Apramed
Bausch+Lomb
BVI Brasil
Zeiss

Apoio

Unimed Natal

65º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

21 a 23 de outubro de 2021 | Natal/RN