Sessão de Relato de Caso


Código

RC032

Área Técnica

Doenças Sistêmicas

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto Penido Burnier

Autores

  • THAISY VENTURA BATISTEL (Interesse Comercial: NÃO)
  • ELVIRA ABREU (Interesse Comercial: NÃO)
  • Elisa KAZMAREK (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PAPILOMA ESCAMOSO ENVOLVENDO TODA A VIA LACRIMAL

Objetivo

Relatar um caso excepcional de papiloma escamoso, envolvendo toda a via lacrimal

Relato do Caso

Paciente 28 anos, proveniente de Campinas, com queixa de epífora e secreção em olho direito há 6 anos. Apresentava discreta conjuntivite, dilatação de ponto lacrimal superior com presença de secreção esbranquiçada em olho direito. Durante a canaliculotomia, verificou-se a presença de inúmeras lesões exofíticas, pediculadas, que foram removidas e enviadas para exame anatomopatológico. O diagnóstico revelou se tratar de papilomas escamosos, sem sinais de malignização. A tomografia de crânio e órbita com contraste evidenciou papiloma acometendo as vias lacrimais até o final do ducto nasolacrimal. Foi realizada terapia tópica com mitomicina 0,02%, na intenção de diminuir a extensão do acometimento, para posterior programação de exérese cirúrgica com maior precisão e com diminuição das taxas de disseminação.

Conclusão

Os tumores de saco lacrimal são extremamente raros e apresentam 55% de taxa de malignização. Os tumores mais comuns são o papiloma escamoso e o carcinoma escamoso. A apresentação clínica é similar à dacriocistite. Por essa razão, são frequentemente diagnosticados incidentalmente como resultado de uma dacriocistorrinostomia. Por causa do potencial de malignização, quando possível, deve ser realizada a remoção cirúrgica da lesão via dacriocistotomia ou dacriocistectomia, com cuidado para não lesionar a fossa lacrimal e espalhar células pré-malignas para os seios sinusais. Incisões extensas são importantes devido á alta incidência de recorrência. A crioterapia é uma alternativa efetiva para o tratamento, associada à abordagem cirúrgica. Mitomicina C pode ser associada como terapia adjuvante, com a capacidade diminuir as taxas de recorrência nesses tumores.8,9 Assim como a terapia tópica com interferon, relatada por Parulekar et al (2002) apresentou resolução completa do quadro e ausência de recidiva. O número excessivo de lesões nos levou a optar por quimioterapia tópica com mitomicina 0,02%, na tentativa de reduzir o acometimento, antes da resseção cirúrgica.

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