Sessão de Relato de Caso


Código

RC124

Área Técnica

Órbita

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Autores

  • ALICE NOVATO SARAIVA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Juliana Angélica Estevão de Oliveira (Interesse Comercial: NÃO)
  • Mariluze Maria Souza Sardinha (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ENFISEMA ORBITARIO SECUNDARIO A FRATURA ESPONTANEA DO OSSO ETMOIDE: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de enfisema orbitário (EO) após manobra de valsalva em paciente com fratura espontânea do osso etmóide.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 21 anos, sem comorbidades, chegou ao pronto-socorro apresentando edema de pálpebra superior esquerda, de início súbito, após assoar o nariz (figura 1a). Não havia história prévia de trauma ou outros sintomas associados. Ao exame, apresentava acuidade visual (AV) de olho esquerdo (OE) de 20/20, hipotropia de OE na posição primária do olhar, limitação parcial na supradução de OE, crepitação na palpação da pálpebra superior esquerda e discreta hiperemia conjuntival (figura 1b). Realizada tomografia computadorizada (TC) de órbitas que revelou fratura da lâmina papirácea do osso etmóide a esquerda e EO (figura 1c). Foi decido por conduta expectante e, após 10 dias, paciente apresentava resolução completa dos sinais e sintomas (figuras 2a e 2b).

Conclusão

O EO é caracterizado pelo acúmulo de ar dentro da órbita. Ocorre em até 75% dos pacientes com fratura da lâmina papirácea do osso etmoidal, entretanto, fraturas que alcançam outros seios paranasais também podem evoluir com essa complicação. Embora a história de trauma ou cirurgia seja frequente, casos espontâneos foram relatados e, dessa forma, o EO deve ser considerado na presença de sinais e sintomas orbitários de início súbito. Infecção por bactérias formadoras de gás, presença de corpo estranho orbitário ou malignidade oculta devem ser considerados como diagnóstico diferencial. O tratamento imediato é guiado pela gravidade, sendo os casos leves apenas observados por serem benignos e autolimitados. Os casos graves são raros e cursam com sinais e sintomas da síndrome do compartimento orbitário, como redução da AV, defeito pupilar aferente relativo, elevação da pressão intraocular e proptose importante. Esses necessitam de descompressão orbitária urgente que pode ser realizada por cantotomia lateral e cantólise com ou sem descompressão por agulha. A obtenção de TC de órbitas é útil, mas não deve adiar as intervenções que forem urgentes.

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