Sessão de Relato de Caso


Código

RC147

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Autores

  • JOAO VICTOR CORNACHINI (Interesse Comercial: NÃO)
  • AMANDA SILVA GUIMARÃES (Interesse Comercial: NÃO)
  • THIAGO CABRAL (Interesse Comercial: NÃO)

Título

CASO DE RETINITE ATIPICA POR BARTONELLA HANSELAE PERIARCADA RETINIANA

Objetivo

Relatar um caso de um paciente com queixa de baixa acuidade visual, causada pela apresentação incomum de retinite pela Bartonella hanselae.

Relato do Caso

Paciente masculino, 10 anos, natural e residente em Vitória – ES, compareceu para atendimento no dia 03/09/20 referindo BAV no OE de início há dois meses. Veio encaminhado do interior do estado com tratamento em curso para toxoplasmose ocular há 5 dias, sem melhora. Trouxe consigo sorologias recentes que evidenciavam IgG+ 400 UI/ml para toxoplasmose e outras sorologias ainda em análise. Ao exame físico, foi constatada acuidade visual (AV) 20/20 e 20/80. Retina aplicada, vasos normais e sem roturas periféricas em OD. Membrana epi-retiniana discreta, “retinocoroidite” próxima a arcada temporal inferior macular, edema macular e células vítreas em OE (figura 1-D e E). Foi solicitada OCT para avaliação do prognóstico de ambos os olhos, já que o quadro clínico não justificava a BAV. A OCT (figura 2) evidenciou a presença de granuloma retiniano OE. Uma semana após, o paciente retorna com piora do quadro, evidenciado pela retinografia, mesmo após tratamento para toxoplasmose. Acompanhante do paciente traz teste para Bartonella hanselae IgG reagente com títulos de 1:640. A partir disso, iniciou-se o tratamento com Doxiciclina 100mg 12/12h por 30 dias. Oito dias após, houve grande melhora da AV do olho esquerdo para 20/30. Retinografia com melhora do edema lesional (figura 1-J, K e L), mas OCT recente mostrou defeito importante na camada de fibras nervosas e possível nova baixa visual após atrofia do feixe. No dia 23/11/20, lesão em retina encontrava-se cicatrizada. O paciente segue em acompanhamento para observação da área macular.

Conclusão

O acometimento da Bartonella hanselae mais comum envolve os achados da neurorretinite com “estrela macular”, com foco no nervo óptico. Neste caso, de apresentação incomum – periarcada temporal, torna-se importante o diagnóstico diferencial com a retinocoroidite pela Toxoplasmose ocular, e imperioso o teste sorológico para bartonella, muitas vezes não disponível pelo SUS.

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