Sessão de Relato de Caso


Código

RC184

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade de São Paulo (USP)

Autores

  • LETICIA DE OLIVEIRA AUDI (Interesse Comercial: NÃO)
  • IGOR NEVES COELHO (Interesse Comercial: NÃO)
  • FRANCYNE Veiga Reis Cyrino (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEOVASCULARIZAÇAO VITREORRETINIANA TARDIA EM PORTADOR DE TRAÇO FALCIFORME: A IMPORTANCIA DO DIAGNOSTICO OFTALMOLOGICO.

Objetivo

A doença falciforme é caracterizada por malformação das hemácias, afetando predominantemente descendentes africanos e mediterrâneos e uma das patologias genéticas mais prevalentes nos EUA. Já o traço falciforme afeta cerca de 8-10% da população negra, com o genótipo HbAS (1 hemoglobina normal e 1 hemoglobina S). A retinopatia é decorrente de eventos vaso-oclusivos da microcirculação por meio de hemácias que sofrem processo de falcização, lenando a hipoxia, isquemia retiniana e neovascularização, sob ação de fatores angiogênicos. A combinação com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, pode aumentar o risco de dano vasoproliferativo à retina. O objetivo é relatar o diagnóstico tardio de traço falciforme após identificação de neovascularização vitreorretiniana em “sea fan” ao exame fundoscópico.

Relato do Caso

72 anos, masculino, negro, hipertenso, queixa-se de diminuição progressiva da acuidade visual (AV) em olho esquerdo (OE) há 6 meses. Ao exame, AV de 20/50 em olho direito (OD) e 20/100 em OE. Biomicroscopia anterior de ambos os olhos sem alterações. À fundoscopia, presença de proliferação fibrovascular sobre a arcada vascular superior, assim como neovascularização tipo “sea fan” no quadrante supero-temporal e hemorragias retinianas, à esquerda, compatível com angiofluoresceinografia (FIG 1). Foi aventada, a hipótese de retinopatia falciforme. Teste da solubilidade para HbS positivo, portador de traço falciforme (HbA2 4,7%; HbA 52,8%; HbS 41,0%). Realizado fotocoagulação a laser em áreas isquêmicas (FIG 2), evoluindo após 12 semanas com visão de 20/50 (OE).

Conclusão

Observa-se a importância da pesquisa de doenças sistêmicas diante de um paciente com neovascularização retiniana crônica e baixa de visão devido suas repercussões, como a presença de fluido subfoveal e hemorragias pré e intrarretinianas, sendo o mapeamento de retina um importante método presuntivo para o diagnóstico de doenças sistêmicas.

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