Sessão de Relato de Caso


Código

RC157

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: FAMEMA

Autores

  • ERICH JUERGEN KLEIN (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARINA LEAO VELOSO SALLES (Interesse Comercial: NÃO)
  • JULIA TELES TRIGLIA PINTO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

DESCOLAMENTO DE RETINA BILATERAL EM GESTANTE: UM RELATO DE CASO

Objetivo

O objetivo do presente estudo é descrever um caso de descolamento de retina bilateral em paciente gestante de 30 semanas. O descolamento de retina (DR) na doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) é pouco comum. Tende a ser bilateral, elevado e não-regmatogênico.

Relato do Caso

BCB, 22 anos, gestante de 30 semanas, chegou ao serviço de oftalmologia da FAMEMA com queixa de baixa de acuidade visual bilateral súbita e escotomas em olho direito (OD) há 1 semana, associada à fotopsias em olho esquerdo (OE) há 1 dia. Sem antecedentes oftalmológicos, pré-natal adequado, exames dentro da normalidade, obesa, e hipertensão arterial em uso de Metildopa, sem controle pressórico. Acuidade visual com correção: conta dedos 1 m/ 0,2 P Fundoscopia: DR exsudativo em polo posterior e OD com bolsão temporal inferior. Exames alterados: VHS 123, PCR 129,8, TGO 120, TGP 127, hemograma com Hb 11, leucócitos 13.390, plaquetopenia de 38.000. USG ocular: DR plano peripapilar 360 e até periferia às 12h em OD, e DR plano peripapilar das 2 às 10h em OE. Após o parto houve melhora progressiva da acuidade visual, com acuidade visual de 1,0 em ambos os olhos, e sem alterações na fundoscopia.

Conclusão

Sabe-se que na DHEG pacientes têm comprometimento do sistema visual, sendo turvação visual o mais comum. A paciente, além dos sintomas visuais de DHEG grave, foi considerada como evolução para síndrome HELLP (hemolysis, elevated liver enzymes, low platelets), definida por plaquetopenia, hemólise e elevação de enzimas hepáticas. Escotomas e fotopsias relacionam-se ao DR, complicação pouco comum, em 1 a 2% dos casos de pré-eclâmpsia grave, e 10% dos casos de eclâmpsia. Sua fisiopatologia aborda a isquemia coroidal secundária ao vasoespasmo arteriolar intenso. A melhora da acuidade visual da paciente no puerpério corrobora com a literatura, visto que, em sua maioria, há recuperação total semanas pós-parto. Entretanto, alterações do epitélio pigmentar em região macular podem permanecer. O DR relacionado à DHEG possui bom prognóstico, tendo resolutividade total com o acompanhamento clínico.

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