Sessão de Relato de Caso


Código

RC232

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade de Santo Amaro (UNISA)

Autores

  • BRUNA ALVERNAZ DE FARIA (Interesse Comercial: NÃO)
  • EDNAJAR TAVARES MACEDO FILHO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PAPILITE DE JENSEN POR TOXOPLASMOSE: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de neurorretinite por Toxoplasmose (papilite de Jensen).

Relato do Caso

H.T.A., sexo feminino, 54 anos, do lar; encaminhada à Universidade Santo Amaro para investigação de glaucoma devido hipertensão ocular e redução da acuidade visual (AV) em olho direito (OD) há 6 meses. Relata sintomas súbitos e indolores, nega uso de colírios. Diabética bem controlada (sic). AV 20/50 em olho direito e 20/20 em olho esquerdo; PIO de 21/19 mmHg. Biomicroscopia sem alterações. Fundoscopia: disco róseo, escavação 0,5x0,5 e cicatriz de coriorretinite peripapilar superior em OD, registrado em retinografia (Fig. 1). No campo visual (Fig. 2): escotoma arqueado inferior em OD. Sorologia negativa para sífilis, HIV e positiva para toxoplasmose: IgG 123 UI/ml (Valor de referência: inferior a 3 UI/ml) e IgM não reagente. Como não apresentava sinais de atividade da doença optou-se por acompanhamento clínico e exames de campo visual seriados; confirmando a hipótese de neurorretinite por toxoplasmose, com manutenção da escavação e escotoma absoluto estável em CV nos últimos 5 anos de acompanhamento.

Conclusão

A infecção ocular pelo Toxoplasma gondii possui ampla variedade de apresentações clínicas, sendo uma das causas mais comuns de uveíte posterior e retinocoroidite em pacientes imunocompetentes. O envolvimento do nervo óptico é incomum e geralmente se apresenta com baixa acuidade visual, indolor e unilateral; associado a massa inflamatória branca no disco óptico, edema de disco, às vezes acompanhada por edema macular em padrão estrelado e inflamação vítrea variável (neurorretinite). É autolimitada, com resolução em 6 a 12 semanas, na maioria dos casos. O diagnóstico é baseado em achados clínicos e sorológicos, visto que o diagnóstico raramente é estabelecido pela confirmação histológica. Apesar da escassez de literatura relevante publicada, a neuroretinite toxoplasmática em atividade é provavelmente melhor gerenciada pela instituição imediata de antibióticos e corticosteroides visando redução da inflamação e os danos ao nervo óptico, com chances de bom prognóstico visual.

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