Sessão de Relato de Caso


Código

RC217

Área Técnica

Trauma Ocular

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

Autores

  • STEPHANIE BARROS NIEDERAUER (Interesse Comercial: NÃO)
  • LUIZA BIRCK KLEIN (Interesse Comercial: NÃO)
  • RICARDO MORSCHBACHER (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SIDEROSE OCULAR: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar a investigação diagnóstica e o desfecho de um caso de siderose ocular diagnosticado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

Relato do Caso

Paciente do sexo masculino, 17 anos, hígido, com história de baixa acuidade visual (AV) progressiva há 3 meses em olho direito (OD) associada a anisocoria com midríase à direita, sem outros sintomas oculares. Antecedente de trauma em OD com pequeno projétil havia 1 ano, martelando uma roda de automóvel, sem avaliação oftalmológica subsequente. Trazia ressonância magnética (RM) de crânio e órbitas com imagem sugestiva de corpo estranho (CE) intraconal, junto a esclera, lateralmente a inserção do músculo reto inferior direito. Apresentava AV com correção (CC) de 20/200 OD e 20/20 OE. À biomicroscopia de OD visualizou-se impregnação pigmentar marrom difusa da cápsula anterior do cristalino (IMAGEM 1). Fundoscopia sem alterações e nenhum CE intraocular (IO) observado. Realizada orbitotomia exploratória à direita, sem identificação de CE. À biomicroscopia detalhada de OD identificou-se discreto orifício iriano puntiforme temporal superior (IMAGEM 2) evidenciado pela transiluminação da íris e cicatriz corneana retilínea de 1 mm anterior ao orifício, ambos não detectados em exames oftalmológicos prévios. A biomicroscopia ultrassônica (UBM) revelou CEIO posterior ao orifício de perfuração da íris de 0,29x0,17mm na extrema periferia da cápsula anterior do cristalino, corroborando a hipótese diagnóstica de siderose ocular. Concluiu-se, portanto, que a imagem da RM se tratava de um artefato. Realizada facoemulsificação do cristalino, implante de lente IO e presumida retirada do CEIO (sem identificação direta deste durante o procedimento) com AVCC 20/25 OD pós-operatória.

Conclusão

Considerando que objetos metálicos são os CEIOs mais comuns, o caso mostra como CEIOs pequenos e, especialmente retroirianos, podem ser casos desafiadores e de difícil diagnóstico. Destaca-se a importância do exame biomicroscópico minucioso e a aplicabilidade do UBM na detecção e localização de pequenos CEIOs no segmento anterior.

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