Sessão de Relato de Caso


Código

RC229

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: INSTITUTO DE OLHOS CIÊNCIAS MÉDICAS

Autores

  • RALF BRETAS LEITE (Interesse Comercial: NÃO)
  • GABRIELA GONTIJO VIEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • DEBORAH CRISTINA DA SILVA CARDOSO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEURORRETINITE POR BARTONELLA HENSELAE: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de uveíte posterior por doença da arranhadura do gato e seu manejo.

Relato do Caso

Paciente feminino, 38 anos, auxiliar de veterinário, procurou atendimento oftalmológico com relato de baixa acuidade visual (AV) há um mês, com piora recente. Inicialmente procurou serviço de urgência com febre, sintomas gripais e nódulo cervical doloroso. Recebeu diagnóstico de sinusite e prescrição de Clavulim®. No final do tratamento mantinha os sintomas iniciais e evoluiu com turvação visual. Negava comorbidades ou antecedentes oculares. Ao exame, AV com correção de 20/20 olho direito (OD) e 20/50 no olho esquerdo (OE). À biomicroscopia, OD sem achados relevantes e OE com conjuntivite folicular branda. Pressão intraocular de 14 mmHg em ambos os olhos (AO). À fundoscopia OD sem alteração e OE com edema de disco e exsudato macular em forma de estrela. Foram solicitados retinografia e exames laboratoriais incluindo a pesquisa para Bartonella henselae. Após duas semanas, a paciente retorna com resultados de sorologia positiva para B. hanselae. Foi iniciado tratamento com Doxiciclina 100 mg de 12/12 horas por 14 dias e retorno com acompanhamento semanal. Com duas semanas de tratamento apresentou melhora fundoscópica e da AV OE (20/25).

Conclusão

A doença da arranhadura do gato é causada pela Bartonella henselae, bastonete gram-negativo, transmitido através da arranhadura de gatos infectados. A neurorretinite é a manifestação clássica na forma ocular da doença, caracteriza-se por baixa acuidade visual, edema de papila e estrela macular. O diagnóstico é dado através da história de contato com gato, exame sorológico e adenomegalia. A propedêutica varia conforme a suspeita inicial e deve ser direcionada de acordo com exame oftalmológico. Na literatura não há consenso acerca do antibiótico de primeira escolha, como opção temos a Doxiciclina. Este relato de caso destaca a importância da busca ativa de complicações oculares em paciente com doença disseminada, levando a uma possível mudança no tratamento e prognóstico da doença.

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